DISCOGRAFIA ATEMPORAL: Moby, para dar Play em alto volume

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Pouco ouso comentar sobre discos da década de 1990, década do qual despertei meus sentidos sonoros para a música, muito menos tento comparar qualquer um, pois foi uma década repleta de novidades e ascensão do movimento musical, principalmente o eletrônico. Mas como sempre existem, embora muito raras, exceções, posso expor que ao meu vasto gosto musical, meu apreço por este disco do Moby, "Play", é maior que por qualquer outro da década. Este, como poucos em minha coleção, eu saboreio com os ouvidos todas as faixas.

1990 marcou o surgimento de excelentes discos e bandas, como Nirvana, Foo Fighter, No Doubt, Oasis, Smashing Pumpkings, artistas como Alanis Morissette, Björk, Fiona Apple e até mesmo outros já consagrados na cena musical internacional, como Madonna, U2 e Roxette lançaram discos memoráveis nesta década. Mas não adianta, para mim, o melhor dela veio em 1999 com o lançamento do quinto álbum de estúdio do cantor (músico, dj e fotógrafo também) Moby, que foi muito além de sucesso em crítica e venda, acredito que o ponto alto do disco é a salada musical heterogênea em harmonia sonora. "Play", além de consagrar o artista como nome da música eletrônica, traduz a essência dos anos noventa: originalidade e ousadia. Embora música eletrônica nos remeta ao dançante, aqui as bases são mais densas. Temos muita alternatividade como influência deste trabalho, muito da cena underground, jazz, blues, hip-hop, pop e até mesmo rock convivem harmoniosamente e sem deixar o trabalho desconexo, o que é raro em um álbum tão eclético. Ouvir este disco sempre me faz pensar em Nova Iorque, pois é o tipo de disco que passeando por vários estilos te conduz a uma viagem sonora gostosa, por vezes nostálgica e outras até dançantes, vai do agitado ao decadente sem alterações hostis.

Discos admiráveis do início ao fim são raros, salvo as coletâneas que nos dão retalhos da obra de um artista (ou banda) e seu currículo musical refinado e pronto. Mas é aquela velha história, para apreciar um bom disco recomenda-se ouvidos desprovidos de preconceito musical. Para aqueles que não conhecem e adoram o novo, também a quem já conhece e curte redescobrir prazeres, aqui fica o convite. Dê o play, literalmente, em alto volume.

Consumo Básico

Diretor-geral

Estudante de jornalismo, fotógrafo e videomaker por paixão. Sempre gostou de música e nunca soube tocar nada, então escreve e produz sobre para fomentar o cenário.