Faixa-a-Faixa: Álbum "Insular" de Humberto Gessinger

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O músico Humberto Gessinger lançou recentemente seu primeiro álbum solo, recheado com 12 músicas e algumas participações especiais. O álbum passa por algumas fases do Engenheiros do Hawaii e mistura-se com referências da música gaúcha.

O disco inicia com a intro "Terei Vivido". Com um metrônomo e um baixo (com cara de violão), a música é uma ótima abertura pro disco. Todas as referências, características e influências do "1berto" estão lá. O álbum então segue com uma das melhores músicas, "Sua Graça", que lembra a época do Acústico MTV dos Engenheiros. "Bora" também tem uma cara bem Engenheiros (na verdade, quase todo o disco tem - por motivos óbvios). A faixa, que tem grande destaque na letra e voz de Humberto, muda no refrão com uma bela melodia cadenciada pela bateria. Com "A Ponte Para o Dia", Gessinger começa a mostrar as influências sulistas do CD. A voz marcante de "Bebeto Dias", tradicional músico gaúcho, deixa isso com muita evidência. 


Depois vem a tão esperada "Tchau Radar, A Canção". A música, gravada inicialmente para o projeto "Adiós, Esteban" do músico Rodrigo Tavares (que também faz parte da banda de Gessinger), foi regravada um pouco diferente da versão antiga. Com letra MUITO boa e refrão inteligente, a música tem tudo pra ser o hit do álbum. Seguindo, tem a também já conhecida "Tudo Está Parado", composição de Gessinger com Rogério Flausino, do Jota Quest. A música, já gravada pela banda de pop rock, tem em Insular uma versão bem menos dançante, mas, ainda assim, chiclete. 

Após os dois prováveis singles do álbum, In(sul)ar volta às origens sulistas. "Recarga" conta com o acordeon de Luiz Carlos Borges. "Milonga do Xeque Mate" lembra as milongas do Engenheiros no meio da carreira - lá entre 91 e 95. A música conta com o solo de guitarra de Frank Solari e foca muito mais na letra do que na música, assim como a "Recarga".


"Insular" parece dar uma espécie de "quebra" no álbum. Parece mais uma intro para a música seguinte do que uma música própria. Tem apenas 43 segundos de voz, violão e guitarra. "Essas Vidas da Gente" é a mais linda música do disco. Uma declaração de amor como há tempos não se vê na música brasileira. Sincera, calma... linda, bem a cara do Gessinger. "São tantas e tão diferentes, essas vidas da gente... centenas sem igual)".

Se aproximando do fim, "Segura a Onda DG" parece uma conversa de Humberto com si mesmo. A letra até é legal, mas não consigo gostar da música. É a piorzinha do álbum. A última, "Plano B", lembra muito o som dos Engenheiros. Não é uma faixa sensacional, mas dá conta de finalizar o álbum positivamente.

Pra quem se interessou, o álbum pode ser ouvido no canal do Youtube do músico. Para comprar o álbum, autografado, clique aqui.

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Diretor-geral

Estudante de jornalismo, fotógrafo e videomaker por paixão. Sempre gostou de música e nunca soube tocar nada, então escreve e produz sobre para fomentar o cenário.