É uma tarefa deliciosamente difícil escrever sobre um de meus ídolos, ainda mais alguém com a carreira como a da desta artista. Ela é simplesmente a maior artista pop e ponto. Nenhuma mulher no mundo da música soube manipular tanto a industria ao seu favor. Madonna fez isso ao natural e rindo por 30 anos. Sim, este ano ela completou 30 anos do lançamento de seu primeiro disco. Mas não é deste mesmo disco, que leva o nome da cantora, que basearei este artigo.
"Like A Prayer", álbum de 1989, não foi apenas um sucesso de venda, a crítica pela primeira vez ficou a favor da cantora. Com três discos na bagagem, a cantora pôde se permitir ser mais honesta nas letras e nos ritmos deste trabalho. O trabalho ficou confessional, intimista, mas nem por isso depressivo. As baladas são bem dosadas e aquele pop que fez todo mundo dançar por quase uma década (até este ano) evoluiu com a artista, fazendo deste disco um marco na carreira e divisor de águas. A partir daqui provou-se que ela veio para ficar e que poderia fazer o que quisesse, e foi mesmo isso o que ela fez, como bem sabemos.
As confissões vão da queima do sutiã ("Express Yourself"), passando pela queima da cruz (no polêmico vídeo de "Like A Prayer"), crises conjugais ("Love Song" e "Till Death Do Us Part"), os problemas familiares e a perda da mãe ("Oh Father" e "Promise To Try") e até declaração de amor ("Cherisch"). A "reza" de Madonna trouxe os singles "Like A Prayer", "Express Yourself", "Cherish", "Oh Father", "Dear Jessie" e "Keep It Together". Além das milhões de cópias vendidas, a gravação rendeu a turnê Bond Ambition, que por sua vez rendeu o filme/documentário (o qual é impossível saber onde vemos a artista e onde surge a pessoa por trás da loira) Na Cama Com Madonna. Forçando um pouco algumas vezes ou não, Madonna é diva, "Like A Prayer" é parte importantíssima de seu legado e merece estar aqui, afinal, a artista por si só, já é atemporal. FELIZ ANIVERSÁRIO MADONNA!