"É o Que Ela Diz" é o nome da música que mais tocou no meu computador nas últimas duas horas. Atualmente, para um feito desses só um clássico de David Bowie, Beatles, Mutantes ou Chico Buarque. Quem me conhece sabe que consumo muita música, sou consumista irrecuperável de CD's e DVD's (um colecionador iniciante), e não costumo ouvir uma obra só por muito tempo.
Porém, aconteceu. E os responsáveis em prender minha atenção a uma única canção? Os Defenestrantes e seu som fortemente influenciado pelo folk.
A banda gaúcha está aos poucos crescendo na cena independente do estado e tem fortes chances de se destacar no mercado fonográfico dentre as bandas alternativas atuais.
Não há como não parar tudo para prestar atenção na sonoridade da música, seja pelo instrumental, pela voz suave ou até a letra refinada e super original. A mistura de tudo (os acordes do violão, o contrabaixo elétrico, o teclado, o acordeon, a harmônica, o trompete, o ukelele, o banjo, o metalofone e chegando ás vozes) é um casamento sútil de todos os elementos em uma explosão de suavidade, uma canção docemente sutil. A música vai ganhando ritmo e conquistando os ouvidos aos poucos. Quando menos se espera está no corpo, que ao primeiro minuto e meio da canção já quer se embalar um pouco mais, se desprender, se soltar, ensaiando uma dancinha de embalo tênue "sem tempo para outra canção".
Uma banda com este potencial, com a capacidade de provocar este prazer musical a quem, de ouvidos abertos, escuta sua obra, tem tudo para nos surpreender futuramente com seu novo material. Claro que ouvi mais músicas dos Defenestrantes, mas não as mencionarei, pois, em alta qualidade, temos apenas esta jóia rara que vos indico. Aguardo ansiosamente o disco deles, pois de onde saiu esta canção há muitas outras tão boas quanto.